Em um artigo publicado no S&P Global Market Intelligence, a Sra. Vaiva Seckute, economista chefe do portal, explica em detalhes os reflexos atuais das interrupções na cadeia de suprimentos em 2021, decorrentes da Pandemia e de tensões geopolíticas, e sua contribuição para pressões inflacionárias recordes na economia mundial.
Segundo ela, os registros dos setores mais prejudicados foram os de transportes, embalagens, policloreto de vinila (PVC) e polipropileno, já as maiores pressões de preços ocorreram em transportes, eletroeletrônicos, semicondutores e energia.
Mais recentemente houve uma diminuição nos custos dos transportes em decorrência da redução da interrupção neste setor com intensificação no número de passageiros em viagens, levando ao aumento da capacidade de transporte aéreo de mercadorias e consequente redução nos congestionamentos portuários. O Freightos Global Container Freight Index caiu para US $2.300 em 9 de dezembro de 2022, em comparação com US $11.100 em meados de setembro de 2021.
No cenário atual evidencia-se normalidade nos prazos de entrega de suprimentos e, portanto, estabilidade nos preços dos insumos, sem aumentos repentinos que causem pressão inflacionária ou desequilíbrio de oferta x demanda.
De acordo com os aspectos analisados neste artigo, pôde-se compreender a necessidade de um planejamento de fornecimento bem estruturado, através de um plano de compras ampliado, no intuito de se precaver para situações de interrupções e desabastecimento. Lembrando que os setores com cadeias de suprimentos mais longas provavelmente enfrentarão maior pressão inflacionária.
Nos últimos anos tem-se visto um crescimento considerável de bens de consumo e suprimentos exportados de países como Índia, Malásia, Vietnã e Indonésia. Países com esta vocação poderão ajudar no equilíbrio do abastecimento mundial.
Diante disso, os nossos especialistas em Global Sourcing sugerem a busca por opções de fornecimentos em países fora do centro das tensões geopolíticas e fora dos principais centros de abastecimento.