Quedas nas exportações de café, carne bovina e petróleo contribuíram para a queda do superávit comercial em fevereiro. No mês passado, as exportações superaram as importações em US$ 2,837 bilhões, mas o superávit foi de US$ 4,629 bilhões em fevereiro do ano passado, uma queda de 35,3%. Apesar da queda, foi o terceiro melhor resultado do mês, atrás de fevereiro de 2022 e fevereiro de 2017.
Nos primeiros dois meses deste ano, o superávit comercial acumulado foi de US$ 5,446 bilhões. Isso foi 19,2% maior que a média diária registrada no mesmo mês do ano passado. O saldo acumulado é o segundo melhor desde o início da série histórica, em 1989. Perdeu um superávit de US$ 6,722 bilhões apenas nos primeiros dois meses de 2017.
De fevereiro ao mês passado, o Brasil vendeu US$ 20,56 bilhões e comprou US$ 17,723 bilhões. No dia a dia, as exportações caíram 7,7% em relação a fevereiro de 2022, mas o valor foi o segundo melhor para o mês atrás do ano passado. As importações caíram 0,9% na comparação diária, o terceiro maior valor mensal já registrado, depois de fevereiro de 2022 e fevereiro de 2014.
Nas exportações, a queda deveu-se mais à queda nos volumes comerciais do que à queda nos preços internacionais das commodities. O volume exportado no mês passado caiu em média 12,3% ante fevereiro do ano passado, e o preço médio recuou 0,8%.
Dentro das importações, os volumes de compras caíram 6,3%, refletindo a desaceleração, mas os preços médios subiram 1,2%. O aumento de preço foi em grande parte impulsionado por compostos e medicamentos que ficaram mais caros após o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Os preços dos fertilizantes, que subiram acentuadamente no ano passado, caíram 19,7% de fevereiro de 2022 a fevereiro de 2023.